A Ponte Romana de Trajano, um dos vestígios mais evidentes da civilização romana na cidade de Chaves e no país, esta a ser requalificada.
Para o efeito. a Câmara Municipal de Chaves abriu, por carta convite, concurso limitado(1) tendo como objecto a adjudicação da empreitada “Requalificação do Pavimento e das Infra-Estruturas da Ponte Romana – Chaves – Travessia da Conduta sob o Rio Tâmega na Ponte Romana”.
A “Carta de ICOMOS 2003” determina que «As obras de conservação e requalificação só devem ser entregues a pessoas competentes nessas actividades.» (1) Não me parece ter sido comprida esta formalidade.
O lançamento do concurso (limitado ou público), deveria ter sido de acordo com as normas internacionais e os instrumentos legais. De facto, uma intervenção num monumento classificado não é um processo linear.
Anote-se que não se tratava de uma simples empreitada de construção civil, mas sim de uma empreitada levada a cabo num monumento sobre o que deviam recair responsabilidades acrescidas, uma vez que é nosso dever preservá-lo e transmiti-lo a gerações futuras em perfeitas condições.
O Município de Chaves adjudicou às empresas “Sincof, Sociedade Industrial de Construções Flavienses, Lda.” e “Anteros Empreitadas, S.A”, a execução da referida empreitada que contaram com um pressuposto de 363.514,15 euros devendo ficar concluída no fim deste mês de Junho.
As obras consistiram nos seguintes trabalhos: Retirada de uma conduta de água que, devido ao seu peso, estaria a pôr em causa a segurança da Ponte Romana; Alteração da rede de drenagem de águas pluviais, Pintura do gradeamento em ferro da ponte; Remodelação das redes eléctricas e telecomunicações.
As alterações realizadas, nomeadamente a nível do pavimento do tabuleiro, são favoráveis à sua total pedonalização, ao contrário do que acontecia até agora. O anterior pavimento (paralelepípedo) foi substituído por lajeado de granito claro de grão fino com corte industrial, com o desnível anteriormente existente entre os passeios e a faixa de rodagem a desaparecer. "É uma intervenção que facilitará a sua pedonalização", disse o arquitecto Malheiros.
A memória descritiva do projecto de requalificação da Ponte Romana prevê que após a conclusão das obras, a Ponte não voltaria a ser aberta ao tráfego automóvel.
No entanto, politicamente, pelo menos em termos temporais, a decisão de retirar definitivamente o trânsito do local ainda não está tomada.
Trânsito na Ponte Romana não vai a referendo
A maioria PSD da Câmara Municipal de Chaves não aprovou a proposta do PS para a realização de um referendo sobre o trânsito automóvel na Ponte Romana, agendada na última reunião de Câmara.
Em Junho de 1978, Chaves comemorou dezanove séculos como Município, acontecimento que contou com a presença do Presidente da República, o General Ramalho Eanes na sessão de encerramento das comemorações, a 18 de Junho de 1978.
O ponto forte da sua visita, foi a inauguração do Museu Militar na Torre de Menagem e as instalações da Biblioteca Municipal bem como das novas secções do Museu da Região Flaviense no edifício dos Paços do Duque de Bragança.
Envelope alusivo aos Dezanove Séculos do Município de Chaves com carimbo do primeiro dia de circulação dos selos, datado de 14-6-1978.
Em Oficio “Urgente” enviado, no dia 11/5/1977, por Nuno Gil Pires, o então Presidente da Câmara Municipal de Chaves, solicitou Director-Geral dos Monumentos Nacionais, apoio técnico e financeiro para “a restituição da Ponte Romana à fisionomia primitiva”. Seria uma significativa homenagem que poderia ser prestada à cidade nas comemorações do XIX centenário do Município Flaviense que se celebravam no mês de Junho de 1978.
Publicou “O Flaviense”, no passado dia 21 de Maio, um “artigo” com o titulo “Jardim ou Terreiro”, em que chamava a atenção para « alguns erros graves de segurança, principalmente para as crianças, com a ausência de gradeamento principalmente nas zonas em que não há qualquer protecção entre as zonas pedonais e o canal ».
Numa visita efectuada, este fim-de-semana, verifico, com satisfação, que um dos erros apontados pelo “O Flaviense”, foi corrigido.
A quem providenciou esta correcção os agradecimento de todos os Flavienses, que esperam, pelo menos, ver corrigidos os restantes erros de segurança, ainda existentes.
Agradecimentos ao Blog “Chaves Antiga” pela divulgação deste artigo.
O governo do povo teve um importante papel nas democracias da era pré-crista.
A diferencia da democracia actual, a democracia das cidades da República de Roma era uma democracia directa, donde todos os cidadãos tinham voz e voto nos seus respectivos órgãos Municipais.
Democracia directa, refere-se ao sistema onde os cidadãos decidem directamente cada assunto por votação, (Plebiscito ou Referendo).
Realiza-se amanhã, dia 5 de Junho, a Reunião Ordinária da Câmara Municipal de Chaves.
Um dos pontos agendados é uma proposta do Partido Socialista, para a realização de um “Referendo” para decidir o futuro da Ponte Romana.
Os socialistas vão ainda propor a constituição de um grupo de trabalho que prepare o dossier de candidatura da Ponte Romana a Património Mundial.
A Câmara Municipal de Chaves (com maioria PSD) já fez saber que, não vai aprovar a proposta do (PS).
João Batista, presidente da Câmara Municipal de Chaves, garante que não vai haver Referendo para decidir o futuro da Ponte Romana, a decisão será por pareceres técnicos.
Segundo assumiu o presidente da Câmara, “Não se justifica nesta situação”, o “Referendo”. A decisão quanto ao futuro daquele monumento histórico vai ser tomada baseada nos pareceres técnicos e do Ministério da Cultura, que tutela aquele património nacional.
João Batista revelou ainda que na decisão a ser tomada pela Autarquia iriam pesar vários factores, entre eles um estudo técnico que está a ser feito e que se prende com a avaliação do trânsito na travessia em termos de segurança.
Acrescentou que a decisão deverá ser tomada até ao final do mês, altura em que prevê que a intervenção na infra-estrutura esteja concluída.
O destino da Ponte Romana de Trajano, que tem mais de 1900 anos, está a gerar uma grande discussão e mobilização que está a dividir a opinião da população local e dos Flavienses em particular.
Há uma maioria de Flavienses a defender a Total Pedonalização e uma pequena minoria de “habitantes” a impor que se deve manter aberta ao trânsito
O desejo expresso da esmagadora maioria dos “Flavienses” da completa Pedonalização da Ponte Romana, já levou a que fossem criadas variadas iniciativas cívicas.*
Em defesa da total pedonalização surgiu o movimento "Ponte a Pé" que está a recolher um abaixo-assinado.
Na Internet está a ser feita uma “Sondagem”, com a pergunta:
“Concorda que a Ponte Romana passe a ter utilização unicamente pedonal?”.
Até ao momento 88 por cento dos participantes votam a favor de que a ponte privilegie as pessoas em vez dos automóveis.
Alice Teixeira, proprietária de uma pastelaria junto à ponte, está a recolher assinaturas em defesa da sua utilização exclusivamente pedonal porque considera que desta forma "haverá mais pessoas a passar em cima da ponte e a entrar" no seu estabelecimento comercial.
Apesar de admitir que a maioria das opiniões que lhe têm chegado são a favor do encerramento ao trânsito, João Batista afirma que também existe uma minoria que defende a coexistência de peões e automóveis.
O que não revelou é que peso vai ter na sua decisão, essa pequena minoria e o “Lobby” da Madalena.
Por sua vez, o PCP de Chaves também discordou, em comunicado enviado à comunicação social, do recurso ao Referendo (Democracia directa) e considerou que o modelo de utilização da travessia por parte de viaturas merece "uma melhor reflexão e uma decisão pelos órgãos políticos", designadamente Câmara e Assembleia Municipal.
Como sempre, a sua posição é ambígua e ficamos sem saber qual a sua verdadeira posição.
Será que, ao serem aliados do PSD na Junta de Freguesia de Santa Maria Maior, o PCP está a espera de uma tomada de posição da “Voz do Dono” para a apoiarem?
Será que, mais uma vez, andam a reboque do PSD?
Os Flavienses querem saber qual a posição, clara e sem subterfúgios, da direcção Concelhia do Partido Comunista de Chaves, a respeito desta simples e clara questão:
“Concorda que a Ponte Romana passe a ter utilização unicamente pedonal?:
” SIM? NÃO? SEM OPINIÃO?*
Recordo aqui a afirmação do presidente da Junta de Freguesia da Madalena, proferida a respeito do Jardim Publico e que eu, como Flaviense, aplico a “Ponte Romana”.
“Os Flavienses tem um papel importante na fiscalização e preservação do Monumento Nacional. Pois, no passado, houve uma desresponsabilização em relação à preservação da Ponte Romana que não é pertença da autarquia, nem da junta de freguesia, nem dos partidos, nem dos comerciantes, nem de alguns habitantes de Chaves mas sim de todos os Flavienses”.
Na hora do tudo ou nada, Desportivo de Chaves deixou fugir o pássaro no último jogo.
Estádio do Pascal, em Ribeirão
Ribeirão 1 – 0 G. D. Chaves
CLASSIFICAÇÃO FINAL
1º – Ribeirão – 43 Pontos
2º – Chaves – 42 Pontos
“O jogo era decisivo para Chaves e Ribeirão continuarem a pensar na promoção aos campeonatos profissionais e foram os da casa que levaram a melhor. Os adeptos de Chaves acreditavam na sua equipa e deslocaram-se em grande número ao Estádio do Passal - estiveram cerca de 3000 pessoas a assistir ao jogo.
O Chaves procurou de todas as formas contrariar a supremacia dos visitados e os últimos minutos foram de grande sofrimento para os adeptos anfitriões, mas a justiça prevaleceu e a melhor equipa em campo acabaria por vencer. No final, a tristeza tomou conta dos flavienses, contrastando a natural alegria dos da casa. Ambiente que levou a algumas escaramuças que foram prontamente neutralizadas pela GNR”. (O Jogo)